Qual o melhor tipo de tratamento para TDAH
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno que se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele tem natureza neurobiológica, de causas genéticas, aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e em alguns países, como os Estados Unidos, seus portadores contam até com a proteção da lei que exige com que eles tenham tratamento especial nas escolas. Proteção essa que garante a essas pessoas que seu tratamento tenha continuidade no ambiente escolar.
A incidência do transtorno é de 5% na população infantil e esse número tende a permanecer também nessa faixa entre os adultos, visto que o transtorno acompanha o paciente por toda a vida, embora alguns sintomas como agitação e inquietude podem desaparecer ou se tornarem mais brandos com o passar dos anos.
O Tratamento multimodal para o TDAH
Tratamentos multimodais são cada vez mais utilizados pela medicina moderna, pois englobam várias ações que buscam o bem-estar geral do paciente quando combinadas. Essas terapias têm demonstrado resultados mais efetivos do que técnicas mais antigas e “tradicionais”, que muitas vezes não levavam em conta vários aspectos da vida do doente.
Portanto, com o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) o tratamento não é diferente e acompanha essa tendência. Ele deve ser multimodal, ou seja, um tratamento que utiliza uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, técnicas específicas que são ensinadas ao portador, etc. A medicação, na maioria dos casos, também faz parte do tratamento.
Dentre as abordagens que complementam o melhor tipo de tratamento para o TDAH, encontra-se um tipo de psicoterapia, que chamamos de “Terapia Cognitivo Comportamental” que em nosso país é função exclusiva e reservada aos profissionais formados em psicologia ou psiquiatria. Ou seja, para um tratamento pleno e uma manutenção e/ou melhora da qualidade de vida do paciente, é necessário, além do psiquiatra clínico, um (a) psicoterapeuta (a) envolvido (a) nesse tratamento.
A indicação da Terapia Cognitivo Comportamental para TDAH é consenso internacional e possui evidências científicas comprovadas para o tratamento do TDAH.
Existem estudos comprovando a eficácia e segurança da Acupuntura no tratamento de sintomas de TDAH, como este e este. Em nossa clínica, contamos com a Dra. Ana Sato, médica pediatra e acupunturista há 22 anos e que tem tido muito bons resultados na melhora da qualidade de vida, tanto no tratamento de crianças quanto de adultos.
A importância da fonoaudiologia no tratamento do TDAH
Simultaneamente ao TDAH, o Transtorno de Leitura (Dislexia) ou ainda o Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia) podem ocorrer. Esses são transtornos que geram grandes problemas de aprendizado e que são intensificados com o TDAH, devido a desorganização, inquietude e dificuldade de concentração que ele causa. Estes são diagnósticos próprios da fonoaudiologia e um profissional desta área pode ser necessário para diagnóstico e tratamento quando os sintomas estão presentes.
É importante lembrar também do Déficit de Processamento Auditivo Central, diagnóstico de elevada frequência entre portadores de TDAH e que também deve ser diagnosticada e tratada pela fonoaudiologia por ser distúrbio que pode dificultar muito o aprendizado e compreensão escolares e tratado de forma independente e complementar.
Além disso, é essencial que professores conheçam os sintomas de TDAH, para acelerar o diagnóstico e tratamento dos alunos, além de dominar técnicas que auxiliem aos alunos com TDAH a terem melhor desempenho escolar possível. Há diversos cursos em instituições especializadas para que profissionais da educação aprimorem suas técnicas e consigam ter uma didática adequada para lidar com esses alunos.
Portanto, o TDAH, assim como vários outros transtornos mentais/emocionais, deve ser cuidado pelo psiquiatra, que vai receitar os medicamentos necessários e também pelos outros profissionais que ele indicar, analisando cada caso de forma individual e com abordagem multidisciplinar.
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