O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) geralmente ocorre ainda nos anos iniciais da vida, entre a segunda infância e a idade escolar. “Meu filho tem TDAH?” é uma pergunta frequente de pais e mães de crianças que apresentam algum tipo de sinal que remeta aos sintomas do TDAH.

Trata-se de um tema bem atual, que exige um esforço não apenas dos pais, mas de educadores (as) e profissionais de outras áreas da saúde além da psiquiatria, que podem ser de grande importância na percepção desses sinais.

Sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade, ou uma combinação de todos eles, devem acender um alarme para procurar um especialista que poderá, com exatidão, diagnosticar o problema.

Os graus do Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

Outro aspecto que demonstra a importância de se passar por um psiquiatra, é o fato de que o transtorno apresenta graus diferentes. O TDAH pode ser leve, moderado ou grave. Em todos eles os sintomas estão presentes, porém em quantidades e intensidades diferentes.

  • TDAH leve: poucos sintomas, que podem causar pequenos problemas na vida social ou escolar da criança.
  • TDAH moderado: Os sintomas são mais perceptíveis e causam mais impedimentos ao desenvolvimento pleno da criança.
  • TDAH grave: caracterizado por muitos sintomas, que podem causar complicações graves na vida social e escolar das crianças, chegando a comprometer seriamente seu aprendizado.

A observação é essencial por parte dos pais e professores (as), pois pode ser bem difícil determinar se o comportamento mais agitado infantil acontece em situações esporádicas normais da idade ou é parte de um problema maior.

O padrão da persistência desses sinais será informação muito útil quando do diagnóstico. Se você acha que seu filho tem alguma dificuldade de assimilar informações importantes, e que isso está prejudicando seu desenvolvimento intelectual, procure um especialista.

Sintomas comuns em crianças com TDAH

Dentre todos os sintomas existentes, podemos destacar alguns bem característicos, que são os sintomas comuns em crianças com TDAH, tais como:

  • Falta de atenção aos detalhes;
  • Dificuldade de se concentrar em diferentes tarefas;
  • Incapacidade de ouvir e responder às perguntas que lhe são feitas;
  • Cumprimento de instruções de tarefas;
  • Dificuldade de concluir tarefas longas e que exigem maior esforço mental;
  • Não se engajar e se interessar por atividades escolares;
  • Facilidade de distração;
  • Perda de interesse constante em temas que outras crianças se engajam;
  • Movimentos constantes de mãos e pés;
  • Inquietação ao ter que permanecer sentado por muito tempo (como durante uma aula, por exemplo);
  • Não gostar de atividades calmas, que exigem concentração (leitura);
  • Falar muito, às vezes demonstrando nitidamente incapacidade de se autocontrolar;
  • Não conseguir esperar sua vez de falar, interrompendo conversas por impaciência;
  • Tentar controlar o que as outras pessoas do ambiente estão fazendo.

Importante salientar que esses sintomas podem ser combinados e não são sempre presentes em todos os casos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Caso encontre esses padrões de comportamento em seu filho ou filha e tenha suspeitas ou dúvidas sobre as situações em que podem aparecer, é extremamente importante que procure um especialista para que isso não prejudique o desenvolvimento escolar da criança. Um diagnóstico feito de forma tardia pode gerar lacunas na evolução cognitiva da criança.

É totalmente possível que, recebendo um diagnóstico preciso, a criança consiga levar uma vida normal e vá melhorando a cada dia. Por esse motivo, algumas dicas podem ser valiosas para os familiares: entenda que a cooperação com educadores e médicos nesse processo é fundamental, não queira que a criança se comporte como um adulto que é ciente que enfrenta um problema, estabeleça regras de forma claramente explicada, mantenha a calma e tente o seu melhor.

Durante o tratamento, que englobará uma terapia cognitiva comportamental, as crianças alcançarão pequenas metas, que passarão a encarar como hábitos dentro de sua rotina diária. A terapia incentiva que os pais, responsáveis e professores (as) elogiem o comportamento positivo e a evolução do paciente como forma de incentivo, desenvolvendo sistemas de recompensa.

A criança saberá, de forma clara, que está passando por um tratamento cujo objetivo é a sua própria melhora e educação, e não a punição por castigo caso não consiga cumprir algum “desafio” proposto, situações que, quando acontecerem, serão aproveitadas como mais uma oportunidade de aprendizado.

Compartilhe essas informações com familiares e amigos, pois elas podem ser de grande ajuda para que identifiquem os sintomas e procurem o melhor tratamento.

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