Teste online para depressão

Caso você esteja com suspeita de estar passando por algum episódio de depressão, se identificando com alguns sintomas conhecidos e esteja buscando um teste online para saber se você tem depressão, então esse artigo é para você.

Responda as perguntas que virão mais adiante e comece a ter parte do seu diagnóstico.

O teste de depressão a seguir se chama Questionário sobre a Saúde do Paciente-9 (PHQ-9).
Ele é chamado de PHQ-9 porque foi traduzido do inglês Patient Health Questionnaire-9.

Muitos estudos científicos demonstraram a confiabilidade e validade do PHQ-9, inclusive em português para brasileiros. Todas as versões do teste podem ser encontradas sem restrições no site da Pfizer.

O PHQ-9  é composto por 9 itens com o objetivo de avaliar os sintomas do Transtorno Depressivo Maior. Ao final do teste, há um questionamento adicional sobre a percepção do paciente quanto ao grau de comprometimento causado pelos sintomas.

Em nosso site, há um texto sobre os sintomas de depressão em pacientes adultos.

Entretanto, não existe um teste capaz de diagnosticar o Transtorno Depressivo Maior. O questionário PHQ-9 não substitui uma consulta com psiquiatra. Caso o teste seja positivo, isso apenas fortemente a necessidade de buscar uma consulta médica com psiquiatra.

A depressão é um transtorno considerado de leve a muito grave, que pode prejudicar seriamente a vida pessoal, social e profissional do paciente. Dentre os sintomas mais clássicos e perceptíveis da depressão, podemos destacar:

  • Cansaço;
  • Falta de energia;
  • Desânimo e desmotivação;
  • Dificuldades com concentração e memória;
  • Alterações de sono e apetite;
  • Baixa autoestima e pouca autoconfiança.

Esse teste é rápido e prático pode ser o primeiro passo de seu tratamento, cada tenha um resultado que aponte para a possibilidade de haver confirmação do diagnóstico de depressão.

É importante que você saiba que, mesmo se tratando de um teste sério e elaborado por profissionais renomados da psiquiatria, ele não substitui ou dispensa a consulta com um especialista dessa área do conhecimento médico.

Também não tem validade jurídica ou como um atestado.

Vamos começar?

        Responda de acordo com o período das últimas duas semanas (14 dias corridos). Em quantos desses dias você foi afetado (a) por algum dos seguintes problemas?

  1. Tive pouco interesse ou prazer em fazer as coisas
  2. Nunca  (0 pontos)
  3. Vários dias  (1 ponto)
  4. Mais de metade dos dias (2 pontos)
  5. Quase todos os dias (3 pontos)

    Senti desânimo, desalento ou falta de esperança

  6. Nunca  (0 pontos)
  7. Vários dias  (1 ponto)
  8. Mais de metade dos dias (2 pontos)
  9. Quase todos os dias (3 pontos)

    Tive dificuldade em adormecer ou em dormir sem interrupções, ou dormi demais

  10. Nunca  (0 pontos)
  11. Vários dias  (1 ponto)
  12. Mais de metade dos dias (2 pontos)
  13. Quase todos os dias (3 pontos)

    Senti cansaço ou falta de energia

  • Nunca  (0 pontos)
  • Vários dias  (1 ponto)
  • Mais de metade dos dias (2 pontos)
  • Quase todos os dias (3 pontos)

         Tive falta ou excesso de apetite

  • Nunca  (0 pontos)
  • Vários dias  (1 ponto)
  • Mais de metade dos dias (2 pontos)
  • Quase todos os dias (3 pontos)

         Senti que não gosto de mim próprio/a — ou que sou um(a) falhado/a ou me desiludi a mim próprio/a ou à minha família

  • Nunca  (0 pontos)
  • Vários dias  (1 ponto)
  • Mais de metade dos dias (2 pontos)
  • Quase todos os dias (3 pontos)

        Tive dificuldade em concentrar-me nas coisas, como ao ler o jornal ou ver televisão

  • Nunca  (0 pontos)
  • Vários dias  (1 ponto)
  • Mais de metade dos dias (2 pontos)
  • Quase todos os dias (3 pontos)

        Movimentei-me ou falei tão lentamente que outras pessoas poderão ter notado. Ou o oposto: estive agitado/a a ponto de andar de um lado para o outro muito mais do que é habitual

  • Nunca  (0 pontos)
  • Vários dias  (1 ponto)
  • Mais de metade dos dias (2 pontos)
  • Quase todos os dias (3 pontos)

         Pensei que seria melhor estar morto/a, ou em magoar-me a mim próprio/a de alguma forma

  • Nunca  (0 pontos)
  • Vários dias  (1 ponto)
  • Mais de metade dos dias (2 pontos)
  • Quase todos os dias (3 pontos)

Resultados

Some a sua pontuação total, englobando as 9 questões respondidas acima, e chegará em um resultado entre 0 e 27 pontos.

Podemos considerar cada resultado da seguinte maneira, de acordo com os resultados deste questionário:

  • 0-4 pontos – sem indícios de depressão;
  • 5-9 pontos – sugestivo de transtorno depressivo leve;
  • 10-14 pontos – sugestivo de transtorno depressivo moderado;
  • 15-19 pontos – sugestivo de transtorno depressivo moderadamente grave;
  • 20 a 27 pontos – sugestivo de transtorno depressivo grave.

Qual foi a sua pontuação? Caso tenha sido acima dos 5 pontos, procure um psiquiatra ou um psicólogo para uma consulta e um diagnóstico mais preciso, para se for necessário, iniciar um acompanhamento adequado. A depressão tem tratamento e deve ser conduzido apenas por especialistas em saúde mental. Cada paciente recebe instruções específicas de acordo com o seu caso.

Caso a pontuação seja acima de 10, muito provavelmente um psiquiatra será necessário.

O tratamento NÃO necessariamente envolve o uso obrigatório de medicações em todos os casos.

Lembre-se diagnóstico de depressão não é sempre sinônimo de remédios. Dependendo do seu contexto de vida, algumas orientações, psicoterapia ou outras mudanças de hábitos podem resolver. Mas, caso sejam necessários, os medicamentos para depressão são bem efetivos e podem ter as suas doses personalizadas caso a caso em uma clínica ou consultório especializado no tratamento da depressão.

 

Referências

  1. Kroenke, K., Spitzer, R. L., & Williams, J. B. (2001). The PHQ-9: validity of a brief depression severity measure. Journal of general internal medicine, 16(9), 606-613.
  2. de Lima Osório, F., Vilela Mendes, A., Crippa, J. A., & Loureiro, S. R. (2009). Study of the Discriminative Validity of the PHQ‐9 and PHQ‐2 in a Sample of Brazilian Women in the Context of Primary Health Care. Perspectives in psychiatric care, 45(3), 216-227. 
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