O que é TDAH? Entenda o transtorno, os sinais e como ele é diagnosticado

O que é TDAH? Definição objetiva e o que ele afeta no cérebro
Quando alguém pergunta o que é TDAH?, a resposta clínica é: um transtorno em que há dificuldade consistente em regular atenção, impulsos e nível de atividade. Isso costuma estar ligado a alterações em funções executivas, como:
Planejamento e organização
Controle inibitório (frear impulsos)
Gestão do tempo e prazos
Sustentação de atenção em tarefas longas
Memória de trabalho (manter informações “na cabeça” enquanto executa algo)
Na prática, isso pode se manifestar como desorganização crônica, procrastinação por travamento, esquecimento de compromissos, impulsividade em decisões e sensação de inquietude, especialmente quando a tarefa é monótona.
Sintomas centrais: desatenção e hiperatividade-impulsividade
Para entender o que é TDAH?, é essencial conhecer os dois grupos de sintomas usados nos critérios diagnósticos: desatenção e hiperatividade/impulsividade. Eles precisam ser persistentes por pelo menos seis meses e causar impacto real em casa, no trabalho/estudo ou na vida social.
Sinais comuns de desatenção
A desatenção no TDAH não é “preguiça” nem “falta de interesse”. Muitas vezes, a pessoa até quer fazer, mas perde o rumo, se distrai ou falha em manter consistência. Exemplos frequentes incluem: cometer erros por descuido, dificuldade de manter atenção, parecer não escutar, não seguir instruções até o fim, ter dificuldade de organizar tarefas, evitar tarefas de esforço mental prolongado, perder objetos, distrair-se facilmente e esquecer atividades do dia a dia.
Sinais comuns de hiperatividade e impulsividade
Em crianças, tende a aparecer como movimentação excessiva. Em adultos, pode virar inquietação interna, dificuldade de relaxar e sensação de “motor ligado”. Também entram comportamentos como falar demais, responder antes da pergunta terminar, dificuldade de esperar a vez e interromper os outros.
Por que existe mais de um “tipo” de TDAH
Outra forma prática de responder o que é TDAH? é explicar que ele pode ter apresentações diferentes, dependendo de quais sintomas predominam. As apresentações reconhecidas incluem: combinada (quando há desatenção e hiperatividade/impulsividade), predominantemente desatenta e predominantemente hiperativa/impulsiva.
Isso ajuda a entender por que duas pessoas com o mesmo diagnóstico podem parecer muito diferentes: uma pode ter mais impulsividade e agitação; outra pode ser mais “quieta”, mas com grande prejuízo de foco, organização e execução.
Critérios que diferenciam TDAH de distração comum
Uma pergunta-chave dentro de o que é TDAH? é: como saber se não é só estresse, excesso de telas, ansiedade ou rotina desorganizada?
Os critérios clínicos exigem pontos que ajudam a separar TDAH de dificuldades situacionais:
Início dos sintomas antes dos 12 anos
Presença em dois ou mais ambientes (ex.: casa e trabalho)
Evidência clara de prejuízo social, acadêmico ou profissional
Os sintomas não são explicados melhor por outro transtorno mental ou por uso/abstinência de substâncias
Ou seja: não basta “ter sintomas”. É preciso ter padrão, persistência, história e impacto.
TDAH em adultos: por que ele não “some”
Muita gente procura no consultório por causa da pergunta o que é TDAH? já na fase adulta. Isso acontece porque parte das pessoas mantém sintomas ao longo da vida. Com o passar do tempo, a hiperatividade visível pode diminuir, mas permanecem dificuldades com planejamento, inquietude, desatenção e impulsividade.
Na vida adulta, o prejuízo costuma aparecer como:
Atrasos frequentes e dificuldade de cumprir prazos
Troca constante de emprego ou queda de performance
Problemas financeiros por impulsividade ou esquecimento (contas, multas)
Conflitos em relacionamentos por interrupções, irritabilidade e desorganização
Sensação recorrente de potencial não aproveitado
Se a sua busca é “o que é TDAH?”, vale ter em mente: o transtorno pode ser silencioso por anos, especialmente na apresentação desatenta, e só ficar evidente quando as demandas aumentam.
Como é feito o diagnóstico, na prática clínica
A avaliação não se baseia em um único teste. Ela envolve entrevista clínica detalhada, investigação de história desde a infância, análise do funcionamento atual e, quando possível, informações complementares de familiares, registros escolares ou outros dados. Isso é importante porque lembranças da infância podem ser falhas e o quadro varia conforme o contexto.
Checklist prático do que costuma ser investigado:
Quais sintomas aparecem e desde quando
Em quais ambientes eles acontecem (casa, estudo, trabalho)
Grau de prejuízo funcional (rotina, produtividade, relações)
Padrões de sono, uso de substâncias e saúde clínica
Rastreio de comorbidades e diagnóstico diferencial (ansiedade, depressão, bipolaridade, uso de substâncias)
Essa etapa é o que transforma a dúvida “o que é TDAH?” em entendimento claro do que está acontecendo no seu caso.
Quando procurar ajuda profissional
Procure avaliação se você se reconhece em um padrão persistente de desatenção e/ou impulsividade com prejuízo real, especialmente se isso vem desde cedo. O TDAH tem manejo e tratamento, e uma boa avaliação evita dois erros comuns:
Achar que tudo é TDAH e ignorar outras causas tratáveis
Descartar TDAH e continuar sofrendo por falta de direcionamento
Se a sua pergunta continua sendo o que é TDAH?, o próximo passo mais útil é uma avaliação estruturada com profissional capacitado, para transformar sintomas soltos em um plano claro de cuidado.
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