Por: Dr. Gabriel
O Comportamento suicida é comum na psiquiatria e não deve ser um tabu falar disso. Normalmente as pessoas se assustam, mas para quem está dizendo isso é aliviador, traz um conforto para quem está com pensamentos de morte e não tem com quem dividir. É importante que o familiar receba este relato com naturalidade e de que esse fenômeno é uma questão médica e de que irão imediatamente procurar ajuda para aliviá-lo o mais rápido possível.
É necessário que esteja presente o paciente junto de algum familiar durante toda a consulta para a realização do atendimento. Exceto no início do atendimento, que normalmente o psiquiatra fica sozinho com o paciente. O paciente não pode estar intoxicado por remédios ou drogas ilícitas no momento da consulta, nem deve estar em crise de agressividade. Nestes casos, se indica a consulta psiquiátrica feita no pronto-socorro, com equipe preparada para lidar com pacientes nestas condições, inclusive com exames e medicamentos que podem ajudar. Para isso, pode ser necessário ajuda do SAMU ou mesmo de equipes de remoção psiquiátrica particulares.
Nestes casos, geralmente o acompanhamento médico psiquiátrico é semanal no início, até começarem a surgir os sintomas de melhora. É importante dizer que incluso no acompanhamento do caso está a necessidade de que o acompanhamento psiquiátrico necessita de um acompanhamento muito próximo de cada caso, principalmente no início do tratamento. Muitas vezes peço comunicações diárias para eventuais ajustes e melhor conforto psicológico. Estou à disposição de meus pacientes 24h/dia no WhatsApp, sempre.
Mas não deixe um paciente dizer que irá se matar sozinho de jeito algum, mesmo que você ache que ele não está “falando sério”
nunca, jamais duvide.